A recente resolução 23.834/2025 do Estado do Piauí, que estabelece a obrigatoriedade do ponto eletrônico para todos os trabalhadores terceirizados vinculados à administração pública estadual, representa um marco importante para a profissionalização da gestão pública. Mas mais do que uma resposta a exigências legais, trata-se de uma sinalização de amadurecimento do próprio mercado. Empresas que operam em contratos com o setor público — especialmente no setor de facilities — precisam enxergar essa medida como parte de uma tendência mais ampla: a digitalização das rotinas de RH operacional como pilar para garantir segurança jurídica, eficiência e sustentabilidade financeira.
No centro dessa exigência está a demanda por rastreabilidade, transparência e controle. E isso não diz respeito apenas ao Estado. Diz respeito à governança da empresa contratada. Afinal, a qualidade da prestação de serviço não depende apenas da execução técnica, mas da solidez dos processos que a sustentam.
A exigência legal como oportunidade de evolução
Em ambientes de alta complexidade operacional — com múltiplos postos de trabalho, turnos variados e contratos com cláusulas específicas — a gestão manual da jornada se torna rapidamente insustentável. O risco não está apenas no erro pontual, mas na ausência de padrão e previsibilidade. Sem controle adequado, surgem inconsistências nos registros, distorções nos bancos de horas, falhas na apuração de horas extras e brechas para judicialização.
E os números são contundentes. Apenas em 2024, mais de 2.2 milhões de processos trabalhistas foram abertos no Brasil, segundo matéria da Veja. Dentre eles, um percentual significativo envolvia controvérsias relacionadas à jornada de trabalho, como pagamento de horas extras, intervalos não concedidos e compensações indevidas. Com ferramentas adequadas, muitas dessas situações poderiam ser prevenidas — antes que se convertessem em passivos jurídicos e desgaste de reputação.
Governança, previsibilidade e performance
Um sistema digital de controle de jornada não é apenas uma ferramenta de registro — é uma camada de inteligência aplicada à operação. Ele permite identificar padrões, antecipar desvios, validar conformidades e reduzir o retrabalho gerado por inconsistências operacionais. Empresas que operam sob contratos com SLAs rigorosos sabem que atrasos e faltas não controladas podem significar penalidades contratuais, perda de bonificações ou até a rescisão do contrato.
Ao adotar soluções integradas, é possível ganhar velocidade na tomada de decisão, acurácia na gestão de escalas e transparência na comunicação com clientes e órgãos fiscalizadores. Além disso, essas soluções ajudam a projetar custos de pessoal com maior precisão — algo fundamental para manter a margem de contratos operacionais.
Estudos de benchmarking mostram que empresas que digitalizam sua jornada de trabalho conseguem reduzir em até 52% o volume de horas extras pagas, com impacto direto na folha. Outras obtêm ganhos expressivos de produtividade ao eliminar deslocamentos para bater ponto ou consolidar relatórios. Tudo isso se traduz em eficiência real — e não apenas em conformidade.
Tecnologia como habilitadora de eficiência real
Na Nexti, temos acompanhado de perto os impactos da digitalização em operações complexas, especialmente no setor de facilities, segurança, varejo e logística. Em muitos desses contextos, os ganhos vão muito além do esperado. Empresas que antes demoravam dias para fechar a folha conseguem fazer isso em horas. Organizações que enfrentavam recorrentes reclamações de colaboradores passaram a operar com mais clareza e previsibilidade.
A tecnologia que entregamos é pensada para o contexto real da operação: múltiplas unidades, perfis diversos, realidades sindicais distintas. E justamente por isso, entrega valor. Porque não é o software que resolve. É o que ele habilita: decisões melhores, processos mais enxutos e confiança na informação. Os resultados são mensuráveis — tanto em indicadores financeiros quanto em percepção do time.
Mais do que adequação, um novo padrão de gestão
É natural que as mudanças comecem por exigência legal. Mas as empresas que realmente se destacam são aquelas que não esperam pela obrigatoriedade. Elas se antecipam. Entendem que a eficiência operacional não é apenas uma forma de atender o contrato — é uma alavanca para escalar negócios com consistência e responsabilidade.
A medida do Piauí é, portanto, um espelho. Ela revela para onde o mercado está indo. E também deixa claro quais empresas estão prontas para esse novo ciclo — e quais ainda tratam o RH como um departamento operacional, e não como um motor de performance.
Adotar tecnologia não é mais uma questão de inovação. É uma decisão de sobrevivência, eficiência e sustentabilidade. E o momento de agir é agora.
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