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Dia da Proclamação da República reforça a luta democrática

No dia 15 de novembro comemora-se o Dia da Proclamação da República. Isso porque, nesta mesma data no ano de 1889, rancorosos pela desvalorização após vitória na Guerra do Paraguai e com o apoio dos fazendeiros de café e dos representantes religiosos, os militares orquestraram um golpe de Estado a fim de tirar Dom Pedro II do poder. Em seu lugar, colocaram seu líder: o Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente da República Federativa do Brasil. Assim, o Brasil deixou de ser uma monarquia e deu seu primeiro passo rumo à democracia.

Tivemos que dar vários passos nestes 133 anos com o objetivo de ampliar os direitos políticos para toda a população. A primeira constituição republicana, por exemplo, definia que apenas homens maiores de 21 anos poderiam votar e se candidatar aos cargos públicos.

O voto feminino que, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contabilizaram 52% dos votos válidos nessas últimas eleições presidenciais, se tornou um direito apenas no ano de 1932 - ou seja, menos de 100 anos atrás. Além disso, as bases instáveis da nossa democracia abriram brechas para a instalação de alguns governos autoritários, como o Estado Novo, em 1937, e a ditadura militar, em 1964.

A data, portanto, nos recorda que, apesar das conquistas, ainda estamos longe da participação igualitária de todos os setores sociais. Seja por desinteresse, pessimismo, alienação ou quaisquer outros motivos, a maior parte da população ainda não se sente totalmente representada por seus governantes. Um levantamento realizado no início do ano pelo DataSenado apontou que 87% do povo brasileiro estava pouco ou nada satisfeito com seus representantes. Estes índices alarmantes urgem a continuação da luta para ampliar a participação política, a fim de que todos as cidadãs e cidadãos brasileiros sintam-se efetivamente representados.

Aliás, passada essa temporada de eleições, o dia também serve para nos lembrar que, apesar das polaridades, que têm causado bastante ansiedade e mal-estar em diversos âmbitos da vida dos brasileiros e nesses últimos dias, devemos, antes de tudo, ser gratos pela possibilidade de escolhermos partidos tão diferentes. Para citar o iluminista Voltaire, “posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”.

Fontes: Brasil Escola
Portal do TSE
Senado Notícias

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