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Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto faz apelo à consciência história da humanidad

Data eleita pelas Nações Unidas relembra a dor e faz alerta para o presente

No dia 27 de Janeiro de 1945, as tropas soviéticas libertaram os judeus aprisionados em Auschwitz, maior campo de extermínio da Alemanha nazista. Uma data que, simbolicamente, passou a significar o fim de anos de perseguição e hostilidade ao povo judeu. Entretanto, as marcas da violência sofrida ainda são evidentes. Por isso, em 2005, 60 anos depois da libertação dos aprisionados, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou a data como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

A data tem grande carga cultural e emocional no calendário judaico. O Yom HaShoá VehaGvurá (Dia do Holocausto e do Heroísmo) recorda os seis milhões de mortos e os judeus que lutaram contra as forças nazistas na Guerra. A Alemanha também atribui importância à data com a intenção de que a consciência histórica da sociedade não apague ou esqueça a culpa alemã.

Em 2022, o parlamento alemão convidou uma sobrevivente dos campos de concentração para depor e lembrar à população dos perigos da intolerância. "Ainda tenho lembranças muito claras daquela época sombria, uma época de terror e ódio", disse Inge Auerbacher, que era criança quando esteve aprisionada no campo de concentração de Theresienstadt.

Hoje, 17 anos depois da institucionalização da data, os avanços na memória coletiva são tímidos, no Brasil e no mundo. Grupos neonazistas e fascistas ainda existem, estão ganhando força, sobretudo na Europa, e carregam discursos antissemitas nos seus ideais políticos. A memória em relação ao Holocausto recorda aqueles que foram vítimas do ódio e da perseguição, mas serve, também, para que a sociedade possa reconhecer quais sintomas que se mostraram em um dos episódios mais obscuros da história.

FONTES:
Correio Braziliense
Deustche Welle Brasil