Notícias « Voltar para a listagem

Recife e Olinda compartilham quase 500 anos de histórias e acontecimentos

Cidades-irmãs já foram berço econômico do Brasil e permaneceram ligadas durante todos os períodos históricos do País

Neste domingo (12), Recife e Olinda completam, respectivamente, 486 e 488 anos. Durante os quatro séculos de histórias compartilhados, as cidades-irmãs foram berço econômico do Brasil, uniram-se nos momentos de revolta e até lutaram entre si, mas, no fim, permanecem ligadas até hoje.

Historicamente, no início da colonização portuguesa no Brasil, Recife era uma vila de pescadores sob o comando dos senhores de engenho que moravam em Olinda e sua única função era servir de porto para os carregamentos de açúcar que partiam para Portugal. No entanto, essa relação mudou quando a colônia passou a ser administrada por Maurício de Nassau e a metrópole Holandesa, que investiram no Recife enquanto centro comercial, garantindo sua independência de Olinda.

Na mesma época, os senhores de engenho estavam empobrecidos com a crise do açúcar e foram forçados a pedir empréstimos aos comerciantes recifenses. O mal-estar econômico acabou resultando na Guerra Dos Mascates e o conflito separou de vez as fronteiras entre as duas cidades.

Entretanto, a separação política não distanciou as cidades e hoje Recife e Olinda compartilham um sem-número de aspectos no seu cotidiano, ainda espelhando sua relação da época colonial. Enquanto Recife é o centro financeiro e administrativo, Olinda é conhecida pelo Sítio Histórico e pela herança arquitetônica colonial (igrejas, casarões, mosteiros). Dentre os elementos que ainda unem as cidades-irmãs, o que mais pode se destacar é a cultura popular. Os ritmos e manifestações culturais constroem um mosaico das duas cidades e ajudam, também, a contar sua relação histórica.

Ao longo desses quase 500 anos de história, é possível afirmar que as histórias de Recife e Olinda são quase que indivisíveis. As cidades se caracterizam por serem interdependentes, mas, ao mesmo tempo, complementares enquanto dividem uma rica história e cultura vibrante.

 
Fontes:

Diario de Pernambuco
Site Mundo Educação