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Espaço para mulheres e homossexuais vem crescendo, mas ainda há desafios

Nas últimas décadas, presenciamos a inserção cada vez mais frequente das mulheres no mercado de trabalho. As convenções sociais do século passado, que ditavam que o homem seria o provador do lar e caberia às mulheres cuidar da casa e dos filhos, têm sido deixadas de lado em nome de uma nova cultura de participação igualitária. Muito dessa mudança se deve ao crescimento da industrialização no Brasil e dos movimentos em defesa dos direitos das mulheres, que transformaram a estrutura produtiva e proporcionaram maior inclusão no mercado de trabalho.
 
Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), em 2004 havia 12,5 milhões de mulheres trabalhadoras com carteira assinada. Este número quase dobrou em 2014, quando chegou a 21,4 milhões, 43,25% do total, segundo a mesma pesquisa. Com relação aos cargos ocupados, também há evolução. Balanço anual da Gazeta Mercantil revela que a parcela de mulheres em cargos executivos nas 300 maiores empresas brasileiras subiu de 8%, em 1990, para 13%, em 2000.
 
No entanto, ainda existem barreiras para transpor. As mulheres recebem, em média, valor correspondente a 73,7% do salário recebido pelos homens, de acordo com a última pesquisa da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).  Essa diferença se percebe de forma mais clara quanto menos qualificada é a função. Em cargos executivos, elas quase alcançam os homens. Superar essas barreiras e continuar avançando na inclusão das mulheres no mercado de trabalho é importante para que as elas se libertem de situações opressivas e ainda constantes como a violência doméstica.
 
Para os homossexuais, também há avanços, mas também muito a melhorar. Pesquisa divulgada em 2016 pelo Center for Talent Innovation revelou que 75% das empresas no mundo têm políticas antidiscriminatórias para a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Essa mesma pesquisa revela que entre as 500 maiores empresas em todo o mundo, 93% proíbem qualquer discriminação de identidade de gênero e orientação sexual.
 
Investir em políticas de inclusão e antidiscriminatórias tanto para as mulheres quanto para a população LGBT nas empresas, beneficia não apenas a esses segmentos ainda marginalizados no mercado de trabalho, mas também às próprias corporações e ao país. Os avanços nesta área aumentam a oferta de mão de obra e profissionais que se sentem seguros e não discriminados em seus locais de trabalho, também demonstram mais produtividade e engajamento. O resultado também aquece a economia, já que gera novos consumidores para o país.

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